Só que quero abordar de uma forma diferente, não as mesmas coisas que se repetem nos meios de informações.
Algo que sempre digo em minhas palestras é que para para um bom combate preciso conhecer meu inimigo.
Aquele que conhece o inimigo e a si mesmo lutará cem batalhas sem perder; para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as chances para a vitória ou derrota serão iguais; aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio será derrotado em todas as batalhas (Sun Tzu-A Arte da Guerra)
Este assunto será dividido em vários capítulos pela quantidade informações que coletei em diversos periódicos como The Lancet, Nature, Science, Ministério da Saúde, Universidade de Campinas (UNICAMP), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (URGS), Memórias do Instituro Oswaldo Crus, Organização Mundial da Saúde (OMS), SCIELO e outras cuja bibliografia apresentarei ao final do último capítulo.
Boa leitura!
JÁ SABÍAMOS?
Antes que a pandemia do novo coronavirus viesse a acontecer fatos foram escritos e detalhados de que isto iria acontecer, mas ninguém deu crédito.
Tiveram videntes que previram
esta pandemia como a vidente Dona Romana, o José Acleildo, a vidente espanhola
Nube de Marias, Carlinhos vidente. A Márcia vidente pelo menos foi honesta
dizendo que ninguém previu este desespero, nenhum vidente, nenhum astrólogo.
Algumas
vezes uma previsão é o entendimento de alguém para um fato a acontecer e cada
um tem uma interpretação do fato ou este é distorcido por alguma razão. É o que
aconteceu com a famosa vidente Búlgara morta em 1996, aos 84 anos, Baba Vanga conhecida
no mundo como a "Nostradamus dos Bálcãs".
Segundo o jornal britânico Daily Star, Neshka Stefanova
Robeva, 73 anos, ex-treinadora da equipe de ginástica rítmica da Bulgária, revelou,
15 anos após a morte da vidente que ela
havia alertada: "o Corona estará sobre todos nós".
Segundo
Robeva lembrou: "Tia Vanga estava falando da gripe vinda da China.
Ainda de
acordo com a publicação, a dúvida pode ter acontecido porque a palavra " Corona ", em búlgaro, quer dizer tutela
e é comumente associada com a influência da Rússia no país. Assim, ela
inicialmente imaginou que a previsão tratava de um possível aumento deste
poderio russo sobre os búlgaros, e não a uma doença.
Entretanto livros com
histórias de que em um futuro próximo isto aconteceria foram publicados com
riqueza de detalhes o mesmo acontecendo com relatórios da CIA.
A Netflix no
filme A Próxima Pandemia, disponível em 7 de novembro de 2019, ou seja, antes
da atual pandemia, vários especialistas além de Bill Gates previram uma
pandemia que estava perto de acontecer.
Afirmavam que a próxima pandemia seria causada por um vírus e apontou a China como principal local de risco em um mercado que comercializa carnes cruas de animais, como os morcegos onde a próxima pandemia pode ser de um vírus para o qual não estamos preparados e a economia vai quebrar.
O custo para a humanidade será inacreditável e nenhum país estará imune ao problema que será criado".
Já Sylvia Browne, em seu livro Fim dos Dias: Previsões e Profecias sobre o Fim do Mundo publicado em 2009, conseguiu adivinhar até o ano que aconteceria o vírus e como ele atacaria as pessoas.
No
livro ela conta “por volta de 2020, uma doença grave do tipo pneumonia se espalhará
por todo o mundo, atacando os pulmões e os tubos brônquicos, resistindo a todos
os tratamentos conhecidos.”
Que desaparecera tão rapidamente como chegou e nova onda ocorrerá após 10 anos.
Que desaparecera tão rapidamente como chegou e nova onda ocorrerá após 10 anos.
Em 2018,
ecologista de doenças, presidente da EcoHealth Alliance, organização global de
pesquisa científica com sede em Nova York e membro da Academia Nacional de
Medicina dos Estados Unidos, Peter Daszak, alertou a OMS sobre o perigo de uma
epidemia grave causada por um patógeno desconhecido de origem animal que
poderia se espalhar por vários países e ter uma taxa de mortalidade maior que
as das gripes sazonais, causando um pânico global.
Em 2015, Ralph Baric, professor da Escola Global de Saúde Pública da Universidade da Carolina do Norte (EUA) e pesquisador veterano de coronavírus , conseguiu demonstrar que o coronavírus semelhante ao causado pela SARS e originários de morcegos-ferradura chineses, representavam uma ameaça de um novo surto.
Na época, Baric disse : essa não é uma situação ‘se’, haverá um surto de um desses coronavírus, mas sim “quando” ele aparecerá e como estaremos preparados para lidar com ele, alertou.
Melissa Tobias autora do livro de ficção “A realidade de Madhu”, escrito em 2013 e publicado em 2019, na página 183 "previu" uma pandemia viral que ocorreu em 2020 e matou 3 bilhões de pessoas no planeta Terra por conta de um vírus psicossomático.
Cientistas chineses do Instituto de Virologia Wuhan e da Universidade da Academia Chinesa de Ciências publicaram um artigo em 2 de março de 2019 em que previam o surgimento de um novo surto de coronavírus no país.
Intitulado "Coronavírus de morcego na China", o documento foi publicado na revista científica Viruses e cita duas epidemias anteriores provocadas por esse tipo de vírus no país.
O livro “O novo relatório da CIA", de Alexandre Alder divulgado em 2009, já previa a possibilidade de uma pandemia viral global que teria início na China, e para cujos efeitos os países estariam despreparados.
Este relatório foi assinado por 25 especialistas internacionais do National Intelligence Council para a CIA
Prevê o aparecimento de uma nova doença respiratória virulenta, extremamente contagiosa, para a qual não existe tratamento e poderá desencadear uma pandemia mundial".
Será em uma zona de forte densidade populacional, de grande proximidade entre seres humanos e animais, como acontece na China e no Sudeste Asiático.
A doença tardaria a ser identificada se o país de origem não dispusesse de meios adequados para identificar. Seriam necessárias semanas para os laboratórios fornecerem resultados confirmando a existência de uma doença capaz de se transformar em pandemia."
Apesar das restrições às deslocações internacionais, viajantes com poucos ou nenhuns sintomas poderiam transportar o vírus para outros continentes. Os doentes seriam cada vez mais numerosos, aparecendo novos casos todos os meses."
Com efeito, as nações irão se esforçar, com capacidade insuficiente, para controlar os movimentos das populações de modo a evitar a infeção.
E NÃO FOI POR FALTA DE AVISO
O mundo já passou por várias epidemias e pandemias que não foram suficientes para que a humanidade revisse seus conceitos, comportamentos culturais e sociais nem mesmo o poder publicou achou necessário criar sistemas preventivos baseado no acompanhamento no que acontece em seus territórios de maneira a agir rápida e preventivamente com um bom rede de comunicação entre os municípios, estados e países nem o sistema de saúde é concordante com as medidas sanitárias e não viu a necessidade de ter um programa de atendimento rápido.
Vamos agindo conforme a doença vai evoluindo e aí começa a fazer as costuras como uma colcha de retalhos.
Em 2002 na China ocorrem os primeiros casos de SARS (Severe Acute Respiratory Syndrome), se espalhando pela América do Norte, América do Sul, inclusive Brasil, Europa e Asia. Mais de 8.098 infectados e 774 mortes.
Em 2012 foi isolado um novo vírus chamado de MERS-CoV identificado na Arábia Saudita e, posteriormente, Oriente Médio, Europa e África, Coreia do Sul, Estados Unidos, Catar, Líbano, França, Itália e Inglaterra. De 2012 a 2018 foram 2.266 casos com 804 óbitos.
Nestes dois momentos se trabalhou muito na identificação de medicamentos eficazes e uma vacina.
Só que em um determinado momento elas desapareceram e a indústria farmacêutica e os governos perderam o interesse na continuação destes trabalhos achando que isto nunca mais aconteceria. Ledo engano. Voltaram e voltaram a se repetir e se os trabalhos tivessem tido continuidade hoje estaríamos numa condição melhor para conseguirmos a vacina e medicamentos.
E em 2015 a MERS retornou na Coréia do Sul tendo sido associado a um viajante que havia retornado do Oriente Médio. Quase 200 pessoas foram infectadas e houve 36 mortes.
Mas tivemos
outros exemplos de gripes virais desconhecidas no passado e que continuam até
hoje afetando animais e os seres humanos.
Gripe espanhola H1N1: 1918 a 1920 – fala-se em 500 milhões afetados e de 17 a 50 milhões e possivelmente 100 milhões de mortes.
Gripe Russa 1889 a 1890 – H2N2 – aves – 1,5 milhão de óbitos Europa, Ásia, África e
América (Brasil inclusive, afetando D. Pedro II)
Gripe asiática 1957 - 1958 – H2N2 – aves – mais de 2 milhões de óbitos China e avançou para Ásia, Oceania, África, Europa e Estados Unidos.
Gripe Hong Kong 1968 a 1969 – H3N2 – aves ao redor de 1 milhão de óbitos. Asia, EUA, Europa.
Gripe Russa 1977 a 2004 – H1N1 – aves Sudeste Asiático, Europa e África matou cerca de 300 pessoas
O H5N1, 1997 a 2004, foi isolado de gansos na China matou cerca de 300 pessoas. A doença passou pelo Sudeste Asiático, Europa e África e, para frear sua proliferação, 1,5 milhão de aves foram mortas só em 1997.
Matou pela primeira vez em Hong Kong em 1997 e fez seis vítimas fatais. Em seguida, reapareceu em 2003 no sudeste da Ásia, com um total de 282 mortes e 468 casos em 15 países.
25 de abril de 2009 a 2010 tivemos uma nova onda de gripe a H1N1– pandemia de H1N1 (gripe suína ou gripe mexicana) – América do Norte, Oceania, América Latina, África. Primeira vacina e foi rejeitada pela maioria da população inclusive no Brasil. Foi a primeira vez que houve uma recombinação do vírus aviário, suína e humana.
A gripe A, causada pelo vírus H1N1, vitimou 18,5 mil pessoas entre abril de 2009 e agosto de 2010.
Um estudo da época publicado pela revista médica “The Lancet Infectious Diseases" mostra que a pandemia foi mais mortal do que a Organização Mundial de Saúde (OMS) acreditava - o número de mortes foi até 30 vezes maior e que tenha ficado entre 151,7 mil e 575,4 mil.
O sudeste asiático e a África sofreram 59% de todos os óbitos atribuídos ao H1N1 - as regiões abrigam 38% da população mundial.
O registro de 2.060 mortes no Brasil em 2009 ocorreu quando a vacina ainda estava em desenvolvimento. Ela passou a ser aplicada em 2010, quando o governo brasileiro anunciou que iria imunizar 92 milhões de pessoas.
Em 2013, o Brasil também registrou outro pico da epidemia: foram 768 mortes. Mesmo com a vacina.
O QUE NOS RESERVA O FUTURO?
Sabemos que as gripes virais distribuídas no mundo são de origem anima que processo mutagênico acaba encontrando um hospedeiro melhor adaptado. Este processo evolutivo pode acontecer na passagem do vírus de um animal para outro e depois para o ser humano ou diretamente do animal original para o ser humano.
O
melhor hospedeiro é aquele onde a doença demora para aparecer e onde não
ocasiona a morte rapidamente. Se o hospedeiro adoece rapidamente e o óbito vem
logo o vírus não consegue se espalhar na população vindo a desaparecer.
Segundo Atila Lamarino do
Departamento de Microbiologia da USP, 2020 o Influenza A tem o seu material
genético organizado em pedaços. São 8 genes, em 8
fragmentos de RNA, que produzem 11 proteínas. Tudo o que ele precisa para
invadir uma célula, dominar a maquinaria celular para produzir cópias suas e
partir para a próxima. Sua patogenia, os sintomas e a virulência, são
diretamente dependentes destes genes e da combinação entre diferentes linhagens
deles, que vêm e vão através do rearranjo, a mistura dos genes de vírus
diferentes que infectam uma mesma célula.
Embora a chamada gripe espanhola tenha
acabado em 1919,
o vírus não sumiu. Ele se tornou a linhagem predominante em humanos, e
continuou circulando e mudando durante os próximos 38 anos. Mudou o suficiente
para escapar do sistema imune dos hospedeiros.
Segundo
o Ministério da Saúde, 2020, o vírus da gripe (Influenza) propaga-se facilmente
e é responsável por elevadas taxas de hospitalização.
Existem
quatro tipos de vírus influenza/gripe: A, B, C e D. sendo que no Brasil temos o
A, B e C.
O
vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus
influenza A responsável pelas grandes pandemias.
Tipo A - são encontrados em várias espécies de animais, além dos seres
humanos, como suínos, cavalos, mamíferos marinhos e aves migratórias.
Eles
são ainda classificados em subtipos de acordo com as combinações de 2 proteínas
diferentes, a Hemaglutinina (HA ou H) e a Neuraminidase (NA ou N).
Dentre
os subtipos de vírus influenza A, atualmente os subtipos A(H1N1)pdm09 e A(H3N2)
circulam de maneira sazonal e infectam humanos.
As subespécies conhecidas
do vírus da influenza A são: H1N1, H1N2, H3N2, H3N8, H5N1, H7N2,
H7N3, H7N7, H7N9, H9N2, H10N7
Alguns
vírus influenza A de origem animal também podem infectar humanos causando
doença grave, como os vírus A(H5N1), A(H7N9), A(H10N8), A(H3N2v), A(H1N2v) e
outros.
H1N1, é a
causa mais comum da influenza em humanos. Este subtipo deu origem, por mutação,
a várias estirpes, incluindo a da gripe espanhola, estirpes moderadas de gripe humana e estirpes endémicas em aves.
Variantes de H1N1 de baixa patogenicidade
existem em estado selvagem, causando cerca de metade de todas as infecções por
gripe em 2006.
Em 1957 o H1N1 que havia mudado entre 3 e
6 anos antes adquiriu 3 de seus 8 genes de um vírus aviário, Hemaglutinina,
Neuraminidase e um dos integrantes da polimerase viral – enzima que faz a cópia
do seu material genético – o PB1, formando o H2N2 mas com grande parte do H1N1,
matando milhões de pessoas com a gripe asiática.
Em 1968 o
vírus havia recebido dois novos genes, a Hemaglutinina e PB1 novamente, em 1966.
Agora ele explodia na Gripe de
Hong Kong como H3N2. Ainda carregava genes do H1N1 de 1918
e a Neuraminidase 2, mas sua nova Hemaglutinina garantiu mais uma vez o passe
pelo sistema imune e a consequente pandemia.
Agora, em 1977, um novo incidente. E desta vez,
inédito. O H1N1 voltou a circular, causando a pandemia da Gripe Russa. Mas não precisou
adquirir nenhum gene novo para isso. A linhagem de 1977 era idêntica ao H1N1 de
1951. Acredita-se que em algum teste de vacinas, provavelmente na União
Soviética ou no Leste Asiático, o vírus H1N1 vazou do
laboratório.
Segundo Atila Lamarino por uma
série de motivos, o Influenza é um dos microorganismos mais temidos. Ebola, Marburg e outros
despertam medo e curiosidade por serem tão letais, mas são bem menos
transmissíveis e facilmente notados. Já o causador da gripe se espalha
facilmente pelo ar, é transmitido antes mesmo de causar sintomas e explora
reservatórios animais mais próximos de humanos.
H1N2 são os vírus responsáveis
pela gripe.
Atualmente é endemico em seres humanos e suínos.
H1N1, H1N2 e H3N2 são os únicos subtipos conhecidos do vírus
Influenza atualmente circulam entre os seres humanos. O vírus não causa doença
mais grave do que outros vírus da gripe, e nenhum aumento anormal da atividade
da gripe têm sido associados com ele.
H2N2. Mesmo assim, as linhagens de Influenza mais temidas
são as causadoras da gripe aviária altamente patogênica. Mas Gary Nabel,
Chih-Jen Wei e Julie Ledgerwood chamam a atenção para um grande risco
praticamente ignorado: o vírus H2N2. A antiga linhagem que entrou em humanos por volta de 1957 na China e ainda
circula em aves e porcos. E não são poucos os motivos para se observar o H2N2.
Trata-se de um vírus que já se
provou capaz de infectar humanos muito bem, tanto que causou entre 1 e 4 milhões
de mortes durante os 11 anos em que circulou, contaminando mais da metade de
crianças e adolescentes durante a Gripe Asiática
E ele continua presente ao nosso redor. Embora tenha
sido substituído pelo H3N2 em 1968, ainda circula entre aves e suínos, de
maneira similar ao Influenza A H1N1 de 2009.
E, como se viu durante a pandemia
de 2009, o H2N2 circulante em animais de criação manteve suas proteínas de
superfície conservadas, um forte indicativo de que ele requer poucas mudanças
(ou nenhuma) para ser transmitido para humanos.
A falta de imunidade também é um fator de
preocupação. Entre 1968 e os dias de hoje, a grande maioria dos nascidos nunca
foi exposta ao H2N2, de maneira que há uma enorme quantidade de pessoas
vulneráveis ao vírus, sem anticorpos. E já se viu que bastaram pouco mais de 20
anos para que o H1N1 que desapareceu em 1957 voltasse a circular em 1977, encontrando
milhões de pessoas sem imunidade quando foi reintroduzido.
A ameaça está presente.
H3N2 é um dos subtipos de vírus que causa a influenza (gripe). Os vírus H3N2 podem infectar aves e mamíferos. Em aves, humanos, e porcos, o vírus tem mutado em muitas cepas.
O H3N2 é cada vez mais abundante em gripes temporais, que
mata cerca de 36 mil pessoas nos Estados Unidos a cada ano. No Brasil,
historicamente, o H3N2 é a segunda estirpe de vírus mais comum, depois do influenza H1N1, apesar de em 2017 ter representado o maior número de casos
de gripe .
H3N8 é um subtipo de vírus de gripe A endémica em aves, cavalos e cães. Em 2011, foi relatado ter sido
encontrado em focas. Os gatos foram
infectados experimentalmente com o vírus, levando a sinais clínicos,
disseminação do vírus e infecção de outros gatos.
O H3N8 foi identificado como a causa provável da pandemia de
gripe de 1889 a 1890 em humanos, conhecida como gripe russa, e também outra
epidemia em 1898 a 1900.
H7N2 é um subtipo de Influenzavirus A, chamado de vírus da gripe
aviária tendo ocasionado mortes de galinhas em 2002 e 2003 no País de Gales e
causou infecção leve em 4 pessoas que trabalhavam destas fazendas.
H5N1, também conhecido como "gripe das aves” é um subtipo de
vírus Influenza A que pode
causar doença em humanos e muitas outras espécies animais.
H7N3 Em 1963, o H7N3 foi
encontrado pela primeira vez na Inglaterra em perus. É uma das cepas chamadas
de gripe aviária.
Em 1999, infecções por
H9N2 em Hong Kong (patos selvagens e aves costeiras na América do Norte;
endêmico em aves domésticas na Ásia).
Há evidências de
transmissão para suínos. Já causou infecção respiratória leve em humanos na
China e Hong Kong em 1999 e 2003. É um vírus em evolução.
No Canadá a presença do H7N3 foi confirmada em várias
granjas de aves domésticas em fevereiro de 2004 no Canadá; aves foram
abatidas para impedir a propagação do vírus. Dois humanos, ambos avicultores,
foram infectados. Ambos se recuperaram.
Em
2005, o H7N3 foi detectado em excrementos de aves migratórias em Taiwan.
Pela
primeira vez o H7N3 foi encontrado, em abril de 2006 na Escócia. Ele
infectou aves e um avicultor, 35.000 galinhas foram abatidas.
Em 2005, o H7N3 foi
detectado em excrementos de aves migratórias em Taiwan.
Em 27 de setembro de 2007,
outro surto de H7N3 foi detectado em uma granja avícola no Canadá. Todas
aves foram mortas e a desinfecção de todos os edifícios, materiais e equipamentos
em contato com os pássaros ou seus excrementos.
Em junho de 2012, um surto
de H7N3 foi encontrado em cerca de 10 fazendas no México, das mais de 6
milhões de aves abatidas, 1,7 milhões estavam doentes.
H7N7 é um
subtipo de Influenzavirus A, com estirpes de elevada
patogenicidade (HPAI) e de baixa patogenicidade (LPAI) e tem elevado
potencial zoonótico. O subtipo H7N7 pode infectar seres humanos, aves, porcos, focas e cavalos em
estado selvagem, tendo também infetado ratos em laboratório,
e foi isolado pela primeira vez em 2003. Este potencial zoonótico incomum
representa uma ameaça de pandemia.
Em 2003, 89 pessoas na Holanda foram
confirmados como tendo sido infectadas por H7N7 após um surto em aves
domésticas em cerca de 255 fazendas. Uma morte foi registrada - um veterinário
que tinha vindo a testar galinhas para o vírus - e todos os rebanhos infectados
foram abatidos. A maioria das pessoas afetadas apresentaram sintomas leves, incluindo conjuntivite.
H7N9 é um subtipo de Influenzavirus A que em geral causa influenza aviária.
Em 2013 o Ministério da Saúde
Chinês comunicou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a identificação, pela primeira vez, de um novo
vírus A(H7N9) recombinante causando doenças em humanos. Em 23 de maio de
2017, a OMS informou mais 23 infecções humanas na China, o que elevou o número
total para 688 infecções.
H9N2 é um subtipo de Influenzavirus A,
que são os vírus responsáveis pela gripeaviária.
Ao longo dos anos, a cepa de influenza H9N2 causou a
doença em várias crianças com idades entre nove meses a 5 anos em Hong Kong com
a última ocorrendo em dezembro de 2009.
H10N7 é outro subtipo
de Influenzavirus A, responsável
pela gripe aviária. Este subtipo é um dos vários às vezes
chamado de vírus da gripe aviária.
Em 2004 no Egito,
H10N7 foi relatado pela primeira vez em seres humanos.
Tipo B - infectam exclusivamente os seres humanos. Os vírus circulantes B
podem ser divididos em 2 principais grupos (as linhagens), denominados
linhagens B/ Yamagata e B/ Victoria. Os vírus da gripe B não são classificados
em subtipos.
Tipo C - infectam humanos e suínos. É detectado com muito menos frequência
e geralmente causa infecções leves, apresentando implicações menos
significativa a saúde pública, não estando relacionado com epidemias.
Em
2011 um novo tipo de vírus da gripe foi identificado. O vírus influenza
D, o qual foi isolado nos Estados Unidos da América (EUA) em suínos e
bovinos e não são conhecidos por infectar ou causar a doença em humanos.
As vacinas influenza
disponíveis no Brasil são todas inativadas (de vírus mortos), portanto sem
capacidade de causar doença. Até 2014, estavam disponíveis no Brasil apenas as
vacinas trivalentes, com uma cepa A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e uma cepa B (linhagem
Yamagata ou Victoria).
As novas vacinas
quadrivalentes, licenciadas desde 2015, contemplam, além dessas três, uma
segunda cepa B, contendo em sua composição as duas linhagens de Influenza B:
Victoria e Yamagata. Como as trivalentes, as vacinas quadrivalentes são
inativadas e não possuem adjuvantes.
Os vírus
da influenza mudam constantemente. Por isso, a Rede Global de Vigilância de
Influenza da OMS (GISN, na sigla em inglês), uma aliança de 144 Centros
Nacionais de Influenza de todo o mundo, monitora os vírus que circulam em
humanos.
Do total de Centros, três ficam no Brasil. E, por meio deles, o país pôde identificar que os tipos de vírus de influenza que atualmente circulam no território brasileiro são o influenza A (H1N1pdm09), A (H3N2) e influenza B.
NOMENCLATURA
O coronavirus recebe este nome por apresentar, visto ao ME, como um coroa ao seu redor.
Pertencem à ordem nidovirales, família coronaviridae, subfamília orthocoronavirinae É uma família de vírus que causam infecções respiratória. Formam um grande grupo de vírus comuns em animais.
Os coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937.
No entanto, apenas em 1965,June Dalziel Almeida, bióloga foi uma virologista escocesa e pioneira em imagens, identificação e diagnóstico de vírus identificou o primeiro coronavirus humano no St. Thomas' Hospital em Londres em 1964.
No entanto, apenas em 1965,June Dalziel Almeida, bióloga foi uma virologista escocesa e pioneira em imagens, identificação e diagnóstico de vírus identificou o primeiro coronavirus humano no St. Thomas' Hospital em Londres em 1964.
Conhecemos hoje, sete coronavirus:
HCoV – 229E: Foi descoberto em 1960, na China, causando resfriado
comum e possivelmente infecções no sistema nervoso em humanos. Divergiu do
coronavirus do Alpaca em 1960.
SARS – CoV: Foi descoberto em 2002, na China, causando febre, dor de cabeça, calafrios e dores musculares, seguido de tosse seca e às vezes dificuldade para respirar. Divergiu do coronavirus de morcegos em 1986.
HCoV – NL63: Foi descoberto em 2004 na Holanda causando infecções respiratórias na parte superior e inferior do sistema. Divergiu do coronavirus de morcego, acredita-se em 1800.
HCoV – OC43: descoberto em 1937, na China, causando resfriado comum em humanos. Divergiu do coronavirus bovino em 1890.
HCoV – HKU1: identificado em 2005 em Hong Kong. Causa doença entérica e respiratória. Divergiu do coronavirus de morcegos.
MERS – CoV: identificado em 2012 na Arábia Saudita causando febre, tosse e falta de ar, náuseas, vômitos e diarreia. Divergiu de morcegos e transmitido ao homem por camelos.
SARS – CoV – 2: descoberto em 2019, na China, causa graves problemas respiratórios, divergiu do coronavirus do Pangolim.
Os coronavirus HCoV-229C, HCoV – NL 63, HCoV - OC 43, HCoV – HKU1 são responsáveis por aproximadamente um terço do resfriado comum no mundo todo.
Acredita-se que todos os coronavirus tenham iniciado sua cadeia de transmissão através de morcegos contaminando outros animais ou diretamente o homem através de suas fezes, urina e frutas.
É fato que os coronavirus tem um ancestral comum que é o morcego. A partir daí mutações passam a acontecer e neste caminho evolutivo aparecem alguns hospedeiros acidentais onde o vírus se adapta, se reorganiza e acaba infectando.
Este processo pode ser através da urina, fezes, sangue de morcegos e/ou frutas comidas por eles
Na medida em que o ser humano passa a conviver com animais silvestres e/ou domésticos, em algum momento estes vírus, que estão circulando entre o ser humano e estes animais acaba mutando de uma determinada forma que passa a ter um convívio adaptado a este novo hospedeiro e depois de algum tempo ele começa a causar doença.
Por exemplo, o genoma do SARS-CoV-2 compartilha cerca de 80% de identidade com o do SARS-CoV e é cerca de 96% idêntico ao coronavírus de morcego BatCoV RaTG13
Este novo vírus passou por uma série de nomenclaturas começando com Coronavirus de Wuhan (nome dado pela cidade de origem);
coronavirus 2019 – nCoV (significa novo coronavirus descoberto em 2019);
coronavirus SARS – CoV – 2 (teve este nome por estar relacionado ao coronavirus SARS) e finalmente
CoViD – 19 (significando Corona Virus Doença 2019).
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