VENENOS AGUDOS
Os
raticidas agudos são aqueles que matam os ratos num período de tempo muito
curto. Este é um problema em técnicas de controle uma vez que os ratos que não
ingerirem a dose letal irão passar mal e relacionarão que esta doença foi
causada pela ingestão daquele produto.
Em conseqüência não irão mais ingeri-lo, refugando tal produto. É a
relação de causa-efeito.
Estes raticidas foram muito usados até a década de
70 e 80, quando o Ministério da Saúde passou a proibi-los em função da ausência
de antídoto.
A
Resolução Normativa n0 2/78, Diário Oficial de 09/01/79 mantem a
proibição de emprego de raticidas domissanitários à base de anidrido arsenioso,
alfanaftiltiouréia (ANTU), estricnica, fósforo branco, sais de bário e sulfato
de tálio.
Posteriormente
a Divisão Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde publicou a
Portaria No 12/DIMED de 17 de julho de 1980, publicada no Diário
Oficial No 138 de 24 de julho de 1980, onde proíbe a fabricação e a
venda de produtos que contenham em sua fórmula, isolada ou associada a
substância Estricnina e seus compostos.
Logo
após foi publicada a Portaria N0 01/DISAD, de 27 de setembro de
1982, Diário Oficial de 06/10/82 onde proíbe o emprego, fabrico e importação
das substâncias raticidas monofluoracetato de sódio (1080) e monofluoracetamida
(1081).
De
acordo com a Portaria 321 de 1997 do Ministério da Saúde não são permitidas
formulações raticidas líquidas, premidas ou não, pós-solúveis, pós molháveis ou
iscas em pó.
Isto
significa que é proibido fazer iscas usando pó de contato misturado com algum
tipo de alimento, entretanto é permitido fazer iscas usando granulado ou blocos
com frutas ou outro alimento. Por exemplo, cortando uma laranja ao meio, espremendo
em um espremedor manual para fazer uma cova e colocar dentro o granulado,
semente de girassol ou pedaços de bloco.
Apesar
de sua proibição, o 1080 ainda é um raticida vendido em muitas lojas
agropecuárias e usado por muitos armazenadores. Apresenta-se na forma líquida
de coloração azulada pela adição de um corante. É um sal altamente persistente
no ambiente, por vários anos e sua decomposição em produtos inócuos só ocorre a
mais de 1.800oC. Sua vida média é de 50 anos.
Persiste
nas cadeias alimentares até o sétimo nível trófico. Por esta razão alguns se
denominam Sete Vidas, Seta Belo, Mata Sete, Bola Sete além de outras
denominações como Mão Branca, Cachacinha, Era Rato, etc. Todo e qualquer
raticida na forma líquida é proibida pelo Ministério da Saúde.
Alguns tentam burlar a lei colocando em sua
embalagens números falsos de registro ou o número do protocolo da ANVISA.
Também usam colocar que o produto é à base de outros ingredientes ativos sem
relação alguma com rodenticidas, como por exemplo o raticida PráRato à base de
carbamato. É um raticida líquido que cita como ingrediente ativo um inseticida.
Outros como o Ratofen 70CE traz como componentes de
sua formulação hormônio glandular de ratos; extrato de vísceras de ratos; etc.
É um raticida na forma de isca mas totalmente irregular e com uma formulação
totalmente enganosa. Entretanto são raticidas vendidos indiscriminadamente nas
prateleiras por total falta de fiscalização dos órgãos competentes. Colocando
em risco a vida das pessoas.
Estes raticidas líquidos têm sua ação no nível de
mitocôndrias. O metabolismo do fluoroacetato em fluorocitrato causa a inibição
da enzima aconitase no ciclo do ácido tricarboxílico impedindo o transporte de
citrato e sua utilização pelas células na produção de energia.
A desativação da aconitase, resulta em decréscimo
da produção de energia pelas células causando a morte do organismo, impedindo o
transporte de citrato e sua utilização pelas células na produção de energia.
É um produto inodoro, insípido e incolor. De
diagnóstico difícil, seu envenenamento só é identificado pela presença de citrato
no organismo.
A
descoberta dos raticidas anticoagulantes, foi, sem dúvida alguma, um importante
passo, seguro e eficaz, no controle de ratos. A descoberta do ingrediente ativo
se deu por volta de 1930, nos Estados Unidos, quando pesquisadores procuravam
identificar a razão de bovinos apresentarem hemorragias.
Foi
identificado que havia um produto químico no feno de trevo doce estragado
ingerido por estes animais. Este produto foi identificado como sendo o
Dicumarol. As indústrias químicas passaram a sintetizar um novo composto
denominado Hidroxicumarina, que é o derivado sintético do Dicumarol.
Pesquisas posteriores tentaram demonstrar seu potencial
e uma série de derivados sintéticos foram desenvoividos para o tratamento de
trombose humana.
Warfarina foi o mais ativo sintético e promissor agente
terapêutico e mais tarde sua propriedade como raticida foi reconhecido.
O dicumarol passou a ser usado como
raticida até que a superioridade da Warfarina foi demonstrada.
Os benefícios da Warfarina sobre os
raticidas agudos foram logo identificados e em poucos anos este composto e
outros semelhantes se espalharam pelo mundo.
Ele atua interrompendo o ciclo da vitamina K (K1, K2 e
K3) nos microssomos hepáticos.
No ciclo os fatores de coagulação II, VII, IX e X são
produzidos como resultado da gama-carboxilação post-transacional de resíduos
glutâmicos.
A forma ativa da vitamina K, vitamina K hidroquinona,
é necessária como um co-fator neste processo, durante o qual é convertida em
vitamina K 2,3-epóxido inativa.
O epóxido é convertido em vitamina K quinona pela
enzima epóxido redutase e então retorna a hidroquinona pela atividade de uma
terceira enzima, a vitamina K redutase.
O anticoagulante inibe a enzima epóxide redutase e
bloqueia a reciclagem da forma ativa da hidroquinona da vitamina.
Com este processo de reciclagem bloqueado somente uma
dieta de vitamina K está disponível e é insuficiente para manter a síntese do
fator de coagulação. Ito significa que a administração de Vitamina K, por exemplo, não resolve o processo de
intoxicação, teria que se administrar vitamina K1, kanakion - fitomenadiona.
Algumas vezes após a ingestão de uma dose efetiva,
suficientes fatores estarão circulando no sangue para manter a coagulação.
Entretanto estes, eventualmente esvaziam, o mecanismo
falha e uma hemorragia fatal ocorre. Isto geralmente leva de 4 a 10 dias
Esta demora previne de os ratos associarem os sintomas
da intoxicação com o anticoagulante que o causou, ou seja, a demora na resposta
da intoxicação. O que é uma vantagem nos processos de combate uma vez que não
relação de causa e efeito.
Este modo de ação traz consigo um importante
benefício. O suprimento da forma ativa da vitamina pode ser preservado e a
habilidade do sangue coagular é mantido pela administração de grande quantidade
de vitamina K1.
Consequentemente isto funciona como um antídoto para
uso em casos de envenenamento acidental or hidroxicumarínicos.
Igualmente importante, o modo de ação crônico também
permite bastante tempo para o antídoto ser administrado.
As
estruturas moleculares dos anticoagulantes e da vitamina K1 são semelhantes.
Isto favorece que a vitamina seja deslocada da enzima formadora de protrombina
no fígado pelos anticoagulantes, impedindo a coagulação. Além disso, os
anticoagulantes provocam permeabilidade dos vasos sanguíneos e a conseqüente
perda de sangue.
Resistência
a anticoagulantes foi conhecida pela primeira vez na Escócia em 1958, onde
ratazanas apresentaram resistência à Warfarina. Numa primeira observação os
pesquisadores acharam que a Cumatretalil pudesse resolver este impasse, mas o
controle não foi obtido pois as ratazanas também apresentaram resistência a
este composto.
Para responder a
estas questões, pesquisadores continuaram a investigar moléculas de
hidroxicumarínicos. Eles notaram que o análogo 2-cloro da vitamina K, um novo
anticoagulante, foi mais ativo contra ratos resistentes. Isto demonstrou que a
quebra de resistência a anticoagulantes poderia ser possível e mais adiante se
descobriu uma série de moléculas com as propriedades desejadas.
O primeiro composto comercializado, a fim de resolver este impasse, foi o Difenacoum, logo seguido pelo Brodifacoum, este, considerado até hoje, como o raticida mais potente.
O
brodifacoum ainda hoje é considerado o raticida mais potente devido à sua baixa
DL50, as três espécies de ratos (Rattus novergicus, Rattus rattus e Mus musculus) precisam ingerir uma pequena
quantidade para atingirem a dose letal, o que não acontece com os demais, onde
os ratos precisam ingerir, pelo menos, cinco vezes mais para atingirem a mesma
dose letal.
É
o raticida mais letal para ratos devido a ser o de menor DL50
existente no mercado, mas não o é para animais domésticos conforme observamos
no quadro abaixo (Dubock, 1980; William et al., 1981)
Para o homem não é possível ocorrer intoxicação pois os
raticidas atualmente, por determinação do Ministério da Saúde são obrigados
a apresentar em sua formulação uma
substância amargante, o Benzoato de Denatonium, que impede a ingestão do raticida. É um amargante, não um
vomitivo.
Hoje, o mercado está repleto de
raticidas, com os mais variados princípios ativos. Assim temos o Brodifacoum,
Difenacoum, Difetialone, Bromadiolone, Flocoumafen e outros. Todos estes são
ingredientes ativos, cujos produtos comerciais matam os ratos. Mas, desde que
ingiram sua respectiva dose letal. E aí é que reside a principal diferença
entre os raticidas, sua DL50.
Quanto menor a DL50 mais eficaz é o raticida, pois o rato precisará ingerir menos produto para que o efeito de morte venha a ocorrer. Este é um aspecto importante, principalmente quando queremos realizar o controle em áreas onde a oferta de alimentos seja muito grande.
Podemos avaliar melhor esta situação se observarmos que um rato precisa ingerir, por dia, alguma coisa ao redor de 10% de seu peso. Além disto os ratos (Rattus novergicus e Rattus rattus) fazem de
Se estivermos usando um raticida, cuja dose letal seja de 5,6g, isto significa que este rato terá que deixar de ingerir uma parte do alimento ao qual já está adaptado para ingerir a quantidade certa de veneno para se intoxicar.
Estes raticidas, com alta DL50, também poderão causar intoxicações nos ratos, se estes ingerirem pequenas quantidades do raticida, todos os dias, até atingirem a dose letal. Isto causa uma certa dificuldade de controle, pois se eles deixarem de ingerir o produto antes de atingirem a dose letal, este será metabolizado anulando o efeito letal e teremos que recomeçar o processo.
Entretanto, se usarmos um raticida que tem uma baixa DL50, este mesmo rato só precisará ingerir ao redor de 1,3g para atingir a dose letal. Assim, o rato não precisará alterar sua dieta normal, pois precisará ingerir apenas uma pequena quantidade de veneno para morrer.
Estas diferenças estão bem caracterizadas na tabela abaixo, definidas por vários autores em termos da quantidade necessária de isca comercial pronta, suficiente para matar 50% da população exposta (DL50): Kaukeinen e Rampaud, 1986; Grand, 1976; Thompson, 1986; Léchevin, 1987; Johnson & Scott, 1986.
Marion-Jane Pate, (1989) coloca que: “um rato precisa ingerir apenas
Na década de 80 alguns trabalhos foram realizados, por pesquisadores, para tentar resolver problemas relacionados à resistência de ratos a alguns raticidas de segunda geração.
Trabalhos
foram feitos para se verificar a ação do Brodifacoum nestes ratos. Estes testes
foram feitos com produto comercial à base de Brodifacoum. Neste sentido Greaves
et al., (1988); Lund (1984) relatam que os melhores resultados de controle de
ratos se têm com Brodifacoum por não
apresentarem resistência a este.
Lund, (1984) refere ter conseguido a melhor taxa de mortalidade com Brodifacoum e só conseguiu controlar Mus musculus resistente a Bromadiolone usando Brodifacoum a 0,005%.
Greaves et al., (1988) testando raticidas na zona rural, conseguiu os melhores resultados com Brodifacoum a 50 ppm. Foi o mais eficaz e o único que resultou em 100% de controle em todas as fazendas e o de melhor relação custo-benefício.
Lund, (1984) refere ter conseguido a melhor taxa de mortalidade com Brodifacoum e só conseguiu controlar Mus musculus resistente a Bromadiolone usando Brodifacoum a 0,005%.
Greaves et al., (1988) testando raticidas na zona rural, conseguiu os melhores resultados com Brodifacoum a 50 ppm. Foi o mais eficaz e o único que resultou em 100% de controle em todas as fazendas e o de melhor relação custo-benefício.
Raticidas de primeira geração
Durante o período de 1950-1970 muitos anticoagulantes
foram comercializados sob a denominação de primeira geração. Eram produtos que
os ratos tinham que ingerir em doses consecutivas até que o efeito de morte se
estabelecesse. Isto criava certa dificuldade no controle, uma vez que estes
raticidas tinham que ser repostos nos pontos de iscagem por vários dias seguidos.
Caso o rato não ingerisse o raticida seguidamente não
haveria interrupção no ciclo da vitamina K, com conseqüente morte, em função
dos ratos terem metabolizado o raticida ingerido antes de chegar à dose letal.
Exs.:
Clorofacinona, Cumacloro, Cumatetralil, Difacinona e Warfarina.
Raticidas de segunda geração
Resistência a anticoagulantes foi conhecido pela
primeira vês na Escócia em 1958, onde ratazanas apresentaram resistência à
Warfarina. Numa primeira observação os pesquisadores acharam que a Cumatretalil
pudesse resolver este impasse, mas o controle não foi obtido pois as ratazanas também
apresentaram resistência a este composto.
Para responder a estas questões, pesquisadores
continuaram a investigar moléculas de hidroxicumarínicos. Eles notaram que o
análogo 2-cloro da vitamina K, um novo anticoagulante, foi mais ativo contra
roedores resistentes. Isto demonstrou que a quebra de resistência a
anticoagulantes poderia ser possível e mais adiante descobriu-se uma série de
moléculas com as propriedades desejadas.
O primeiro composto comercializado foi o Difenacoum e
logo seguido pelo Brodifacoum. Na França tinham inventado uma série de álcoois
análogos à Warfarina, onde um deles, o Bromadiolone, foi introduzido como um
raticida. Mais tarde mais duas moléculas, Flocoumafen e Difetialone, foram
acrescidas à lista de compostos que ficaram conhecidos como anticoagulantes de
segunda geração.
Formulações
de raticidas:
Uma formulação
raticida é formada de uma percentagem de ingrediente ativo, veneno propriamente
dito, e um veículo sobre o qual ele é formulado. Este veículo tem a finalidade
de ser atrativo ao olfato e paladar dos ratos, assim, quanto mais palatável e com
odor mais agradável, maiores serão as chances de consumo. E este é o princípio da
desratização.
Ofertar o maior número possível de iscas de forma que os ratos tenham acesso a ele e que seja ingerido por ser palatável e de odor agradável.
Ofertar o maior número possível de iscas de forma que os ratos tenham acesso a ele e que seja ingerido por ser palatável e de odor agradável.
Deve-se ter em
conta que substância desagradáveis podem impregnar o raticida impedindo seu
consumo (perfume, nicotina, gasolina, óleo, inseticidas, etc.).
É lenda que o odor
humano nas iscas, pelo fato do indivíduo te-lo segurado irá afugentar os ratos.
Isto não é verdade pois se o fosse, estes não iriam buscar alimentos de fontes
humanas. O que pode ocorrer é que o operacional possa ter tido contato com substâncias
desagradáveis que possa causar refugagem ao raticida.
Iscas peletizadas
Grãos cereais inteiros, quebrados ou moídos produzem
excelentes iscas raticidas e são largamente usados por pequenas e grandes
empresas de formulação.
Uma das formulações mais comumente usadas é na forma
peletizada. Estas formulações são para serem usadas em áreas internas ou externas
secas. Estas iscas são produzidas com a mesma tecnologia empregada na produção de
ração animal.
Cereais finamente moídos são misturados com um
ingrediente ativo concentrado e forçado sob alta pressão através de um molde. O
tamanho deste molde determina o tamanho e forma do produto terminado. O calor é
empregado para alterar a composição bioquímica da mistura até que esteja
firmemente aderida após extrusão.
Os pellets são geralmente muito palatáveis porque
contem uma alta proporção de cereais e o ingrediente ativo está uniformemente
dispersado através do grão matriz. Sua aceitação pelos ratos é também
influenciada por seu tamanho, forma e dureza.
Estes pellets melhoram sua atratibilidade na medida em
que são formulados com um mix de cereais. Hoje temos iscas formuladas com
cereais nacionais o que melhora seu consumo.
Por
força de lei, estas iscas devem apresentar-se coloridas, através do uso de
corantes orgânicos. Entretanto a cor, para efeito de controle, não é um fato
significativo uma vez que os ratos tem uma visão para cores muito simples,
enxergando em tons de verde, azul e ultravioleta e não fazem a combinação desta
cores, a cor vermelha, para eles não existe.
Tanto que é possível ter uma luz vermelha em um ambiente para se estudar o comportamento de ratos que esta não os afungentará. As demais cores não são percebidas por eles – PARTE 04).
Tanto que é possível ter uma luz vermelha em um ambiente para se estudar o comportamento de ratos que esta não os afungentará. As demais cores não são percebidas por eles – PARTE 04).
A alegação de que determinadas cores possam ser mais
atrativos a crianças por causar uma confusão com alimentos (doces, balas) é
inconseqüente, uma vez que alimentos desta natureza se apresentam das cores
mais variadas.
Atualmente a segurança no uso de raticidas aumentou,
uma vez que além do benzoato dde denatonium uma empresa nacional passou a
impregnar seus raticidas com um corante orgânico de alerta. Ou seja, qualquer
animal e pessoas que colocarem o raticida na boca estas ficarão com a língua
esverdeada identificando a ingestão.
Ele funciona diferente do benzoato de denatonium, uma vez que este impede a ingestão e só é percebido pelos seres humanos, o corante mostra quem ingeriu e serve para todas espécies animais. É um sinal de alerta.
Ele funciona diferente do benzoato de denatonium, uma vez que este impede a ingestão e só é percebido pelos seres humanos, o corante mostra quem ingeriu e serve para todas espécies animais. É um sinal de alerta.
Por exemplo, suponhamos que em uma escola tenha sido realizada
uma desratização e por alguma razão os envelopes de raticidas foram parar na
caixa de areia das crianças. Estas, por curiosidade, abriram os envelopes e
colocaram o raticida na boca. As professoras sem saber quem comeu ou colocou o
raticida na boca levou todas as crianças para o hospital para exames.
Se tivesse o corante bastava olhar a língua para ver quem devceria ir para o hospital. Com isto diminuiria o stress das rianças, dos pais, se ganharia tempo e se agilizaria o atendimento por serem menos crianças.
Algumas iscas são formuladas com grãos integrais impregnados
do ingrediente ativo o que diminue sua eficácia uma vez que, através do atrito
dos grãos dentro da embalagem desprende o ingrediente ativo dos grãos, deixando
à disposição dos ratos apenas os grãos integrais.
Um adesivo pode ser necessário se grãos inteiros forem
usados na conjunção com pós concentrados. Este adesivo é, geralmente, um óleo o
qual serve para unir o pó ao cereal. Entretanto, este óleo pode ficar rançoso
rapidamente diminuindo sua palatabilidade.
Algumas outras iscas ainda são formuladas na forma de
farinhas ou grão quebrados. Não são formulações muito aceitas pelos ratos pelo
seu hábito de se alimentar. Nestas situações eles teriam que mastigar a isca o
que dificulta seu consumo. Por esta razão as iscas melhores aceitas são aquelas
em que os ratos tem que roe-las.
Apesar da preocupação das empresas em se formular
iscas o mais atrativo possível, muitas vezes temos que adicionar algum outro
composto para torna-la mais atrativa, pois não devemos nos esquecer de que
estamos tratando com seres vivos e que seu comportamento não segue um padrão.
O uso de uma determinada isca em um local que tenha um
excelente controle poderá não surtir o mesmo efeito no vizinho, mesmo que
tenhamos usado as mesmas técnicas. Inúmeras variáveis podem ser responsáveis
por esta diferença. Mas podemos diminuir esta dificuldade palatabilizando a
isca através de produtos que estejam sendo consumidos no local.
Podemos acrescentar frutas como banana ou mamão;
podemos coloca-las dentro de laranja lima; podemos acrescentar óleos animais
como de sardinha; essência de morango, baunilha ou outro; podemos, ainda
mistura-la com carne moída cozida em um moedor de carne na proporção de 3kg de
raticida peletizado com 1kg de carne.
Não esquecendo de que estas iscas não podem ficar
umedecidas por muito tempo, pois irão mofar e estragar. Desta forma estas iscas
palatabilizadas não poderão ficar expostas por mais que 48 horas.
Surge no mercado de raticidas uma nova formulação e
que está tendo resultados muito bons. São as sementes de girassol com raticida
impregnado na casca e/ou no miolo da semente também chamada de tulipa.
Alguns raticidas apresentam a impregnação do ativo
apenas na casca o que não garante a eficácia do produto uma vez que os ratos e
camundongos abrem as sementes para comerem o miolo (=tulipa). Por esta razão
funciona melhor aqueles que têm o ativo impregnado não apenas na casca, mas
também no miolo.
Iscas
parafinadas
Esta formulação tem a finalidade de suprir as
desvantagens que as iscas peletizadas oferecem como, por exemplo, a colocação
de iscas nas áreas externas úmidas ou sob o efeito de chuvas ou em áreas altas
infestadas por ratos de telhado.
Pelo fato destas iscas serem formuladas em um bloco
de parafina esta passa a proteger o fator de atração ao paladar e olfato (ração
ou grãos integrais) e o ingrediente ativo.
Estes produtos também são compostos de cereais
inteiros quebrados ou moídos, mas contem uma proporção substancial de parafina,
cerca de 15 a 40%. Eles são produzidos por diferentes formas.
Alguns são fundidos em um molde após todos os
ingredientes terem sido derretidos juntos, outros são feitos por um processo de
briquet e um terceiro tipo é manufaturado por extrusão. Este é um problema que
os fabricantes sofrem.
Se colocar mais parafina o bloco resiste mais às
intempéries mas diminue a palatabilidade. Se colocar de menos dimiue a
resistência ambiental e aumenta a palatabilidade. O problema é saber quanto
colocar de forma que resista às variações ambientais e mantenha boa atratibilidade.
Eles são produzidos por diferentes formas. Alguns
são fundidos em um molde após todos os ingredientes terem sido derretidos
juntos, outros são feitos por um processo de briquet e um terceiro tipo é
manufaturado por extrusão.
O processo de produção influencia as propriedades
dos blocos. Os blocos feitos através de uma matriz de cereais finamente
particulada fundida em um molde tende a resistir melhor à umidade que aqueles
feitos por compressão e que contem partículas de cereais inteiros.
Estes blocos parafinados fundidos passam a ter uma
persistência maior no ambiente na medida em que são formulados com ração a qual
fica totalmente protegida pela parafina.
Aqueles produzidos por compressão, formulados com
grãos integrais tem uma persistência ambiental diminuída em função de que os
grãos expostos absorvem com maior intensidade a umidade. Em função disto, os
grãos aumentam de volume rompendo os blocos.
Verifica-se,
algum tempo após, que os blocos feitos de grãos integrais rompem em pouco
tempo. O que não acontece com os feitos de ração finamente moídas.
Estes blocos são perfurados no centro para facilitar
seu uso. Quando realizamos o controle nas áreas externas em tocas ou realizando
um cordão sanitário, ou desratizar montes de lenha ou pedra ou nas áreas de plantio,
podem ser amarrados a uma estaca através de um arame.
Também podem ser usados quando queremos realizar o
controle de ratos do telhado. Estes blocos podem ser amarrados no madeirame de
sustentação das telhas.
O ato de amarrar os blocos também tem o sentido de
economia uma vez que a cada semana puxamos o fio para ver como está o consumo.
Se o bloco não estiver amarrado como saber se está sendo consumido?
Bloco resinado
Entrou
no mercado uma nova formulação que são os blocos resinados cuja técnica de
fabricação é praticamente a mesma dos blocos parafinados. A diferença reside na
ausência de parafina e o tipo de cereal usado.
Todo
raticida tem um ingrediente ativo, o veneno, que é quem vai fazer o efeito de
intoxicação nos ratos, este ativo pode ser o brodifacoum, bromadiolone ou
outros. Para este ativo ser agregado à formulação comercial ele precisa ser
diluído em um solvente orgânico (normalmente derivado de petróleo).
Entretanto
nestes blocos resinados se usa uma microemulsão (nanoemulsão) em água para
agregar o ativo à formulação raticida. Com isto exclui odores e paladares
característicos de solventes orgânicos.
A
parafina em sua formulação foi substituída por resinas vegetais como
aglomerante. Produtos renováveis que não agridem o ambiente e melhoram a
palatabilidade do raticida tanto pela ausência de cheiros de solvente orgânico
como pela presença de substâncias vegetais.
Outro
diferencial neste bloco resinado é o uso de alpiste como atrativo. Por ser
praticamente impermeável ele não absorve a água do ambiente inchando e rompendo
o bloco como acontece nos parafinados que usam cereais integrais.
Formulação extrusada
A extrusão
é um processo
mecânico de produção de componentes de forma semicontínua onde o material
peletizado ou em pó é compactado e fundido formando uma carga altamente viscosa
que é forçado em alta pressão através de uma matriz aberta projetada para a
peça que molda a sua forma. O perfil fundido é resfriado para obtenção do
produto final.
Processo de
cozimento à alta pressão, umidade e temperatura, em curto espaço de tempo.
O amido é o principal componente energético dos grãos de cereais (55 a 77%) e no processo de extrusão, devido a suas características, contribui na expansão e coesão do produto final, além de ser gelatinizado a uma temperatura de 50 a 80°C “Short time, high temperature: 7 a 30 s. 138 a 150ºC.
A extrusão permite a
obtenção de formas e texturas diferentes além de aumentar a biodisponibilidade de alguns
nutrientes.
Em função de
sua construção sólida e resistente, a geometria da matriz não se altera pelo
uso contínuo, tendo assim uma vida útil longa. Os produtos extrudados tem
secção transversal constante com dimensões bastante precisas, podendo no caso
de peças compridas serem cortadas ou fatiadas de acordo com a necessidade de
uso.
Neste,
a formulação é submetida à alta temperatura (±105ºC), umidade e pressão em uma
máquina chamada extrusora. Nela existe uma rosca sem-fim, onde a formulação é
forçada através de uma matriz que dá a forma.
Após,
a formulação é então cortada e é submetida a um processo de secagem, onde a
temperatura diminui e a umidade é retirada até atingir cerca de 12%.
O processo
de extrusão é executado de duas maneiras distintas dependentes da temperatura e
da ductilidade.
A primeira é
a extrusão a quente, e a segunda extrusão a frio. A extrusão a quente, é onde o
produto é injetado a alta pressão e temperatura
numa forma vazada ou passa através de um molde de injeção contínua,
tomando a forma de peça sólida semi acabada ou também a forma de vergalhão,
para ser cortado (fatiado) no comprimento desejado.
A extrusão a
frio é semelhante ao processo de extrusão a quente e é a ductilidade do
material a ser trabalhado o principal parâmetro na escolha do processo.
Alguns casos podem exigir extrusões a quente e a frio no mesmo processo.
Após a mistura executa-se a extrusão que, no começo do cone de extrusão e
conformação, é aquecido e logo em seguida resfriado para que se evite escamas
na peça.
Estamos falando de massas muito viscosas como pedras sanitárias ou sabão em pedras, esta peça "contínua" deve ter controles rígidos destas temperaturas que, em função de temperatura ambiente, deve ser ajustada regularmente.
Estamos falando de massas muito viscosas como pedras sanitárias ou sabão em pedras, esta peça "contínua" deve ter controles rígidos destas temperaturas que, em função de temperatura ambiente, deve ser ajustada regularmente.
Ductilidade é a propriedade que
representa o grau de deformação que um material suporta até o momento de sua
fratura. Materiais que suportam pouca ou nenhuma deformação no processo de
ensaio de tração são considerados materiais frágeis. Isto é quando por exemplo
um plástico é rasgado ao meio, esse processo entre estica-lo até rasga-lo é
chamado de ductibilidade.
Um material dúctil
é aquele que se deforma sob alta tensão, se esticando até se romper. O oposto
de dúctil é frágil, quando o material se rompe sem sofrer grande
deformação.
Este fato é
de extrema importância para a indústria, que pode trabalhar com um material em sua
condição dúctil e, após isto, trata-lo termicamente para que atinja as
propriedades finais.
São formulações que usam a
parafina, em quantidade suficiente apenas para repelir a água. Por isto, a
porcentagem de parafina é usada em menor quantidade quando comparada às
formulações tradicionais.
Para dar consistência e
forma à isca, utiliza-se apenas o efeito mecânico das prensas hidráulicas. Nestas
o efeito calor não está presente preservando assim a integralidade as propriedades
organolépticas dos atrativos que fazem parte da isca.
Com a tecnologia da chamada "prensa hidráulica", o
produto é processado de forma mais lenta e sem aquecimento retendo a maioria dos
nutrientes.
Durante o proceso de produção de alimentos prensados
as temperaturas se mantem mais baixa. Graças a esta temperatura baixa as matérias
primas de alta qualidade se otimizam e todas as substancias nutritivas
importantes se conservan.
Também existem ingredientes que não suportam altas temperaturas, já que perdem sua funcionalidade durante o proceso. Graças às temperaturas mais baixas durante o prensado estes ingredientes funcionáis são muito adequados para acrescentar o alimento, ração.
Também existem ingredientes que não suportam altas temperaturas, já que perdem sua funcionalidade durante o proceso. Graças às temperaturas mais baixas durante o prensado estes ingredientes funcionáis são muito adequados para acrescentar o alimento, ração.
Resumindo temos então quatro formulações de blocos: parafinados, resinado, extrusado e prensado. De todos, em função da técnica de formulação o menos indicado é o parafinado pelas características de quantidade de parafina usada. O melhor é o resinado por não usar derivados de petróleo, mas sim resina vegetal aumentando a atratibilidade sem comprometer o formato original. Mesmo que se use mais resina para suportar melhor as condições ambientais não perdem sua atratibilidade.
As outras duas
formas de apresentação que também usam parafina, extrusada e prensada, tem
diferenças em sua produção e destas duas a mais durável ainda com boa
atratibilidade é a extrusada.
Isca fresca
Trata-se
de uma isca raticida aderente em massa, composta por uma mistura de atrativos
de cereais floculados, entre eles a semente de girassol, liquidas com
viscosidade, que contribuem para a umectação e atratividade, além destes
componentes atrativos entra na formulação uma mistura de conservantes, umectantes
e o ingrediente ativo anticoagulante de dose única.
Essa
formulação compõe uma isca raticida aderente para ser fixada em pontos
estratégicos, não ficando solta, evitando assim a sua remoção durante a limpeza
do local.
A floculação
consiste no tratamento térmico que muda a estrutura quimica do amido, tornando-o
mais acessível para o animal. A floculação incorpora água ao grão, fazendo com
que o amido amoleça (gelatinize).
O
flóculo deve ser oferecido “fresco” (máximo 24 horas), se não volta ao estado
original (reacomodação das moléculas).
O amido é o
principal componente energético dos grãos de cereais (55 a 77%), consistindo em
importante fonte de energia.
Depois de peneirado, os grãos são jogado dentro da câmara de vapor, onde permanece durante 30 minutos sob temperatura mínima de 96ºC. O tempo de vaporização é regulado pela barra de alimentação de grãos. Pequenas mudanças nessa barra alteram drasticamente a aparência do flóculo, pois mudam o tempo de vaporização.
Depois de peneirado, os grãos são jogado dentro da câmara de vapor, onde permanece durante 30 minutos sob temperatura mínima de 96ºC. O tempo de vaporização é regulado pela barra de alimentação de grãos. Pequenas mudanças nessa barra alteram drasticamente a aparência do flóculo, pois mudam o tempo de vaporização.
Após o cozimento, faz-se a prensagem dos grãos
por meio de rolos metálicos, que os transformam em finas placas, quebrandoo a
matriz protéica que envolve seus grânulos do amido. Uma boa calibragem dos
rolos por meio da mola de pressão é fundamental para se obter flóculos na
densidade correta.
Pó de contato
Esta é outra formulação existente no mercado,
formulada com raticidas de primeira geração e por isto de consumo sucessivo por
alguns dias para que seu efeito se manifeste.
São usados nas trilhas ou na entrada das tocas ou ao
redor de fontes de água e/ou alimentos.
Sua utilização se baseia na propriedade que os ratos
tem de se lamber e uns aos outros ao chegarem nas tocas quando se intoxicam.
Estes ratos passando por sobre este pó ficam impregnados com o mesmo. Se esta impregnação for feita na saída das tocas eles levarão este pó aos locais por onde passarem podendo contaminar alimentos.
Estes ratos passando por sobre este pó ficam impregnados com o mesmo. Se esta impregnação for feita na saída das tocas eles levarão este pó aos locais por onde passarem podendo contaminar alimentos.
Isto poderá ser um risco para pessoas e animais
domésticos, podendo causar intoxicações. Por esta razão empresas produtoras,
por força de lei, deixam claro em suas embalagens que este produto não poderá
ser utilizado onde existam animais domésticos.
Estes produtos são altamente concentrados, na ordem de
0,75% ou 1% de ingrediente ativo, enquanto que os pellets, sementes de girassol
e blocos parafinados e resinados são formulados a 0,005%.
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