quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

TERMINOLOGIA USADA EM SAÚDE PÚBLICA


1. ZOONOSES: Segundo a Organização Mundial da Saúde são doenças ou infecções naturalmente transmissíveis entre animais vertebrados e seres humanos. Isto significa que o animal ou pessoa pode estar doente ou infectado (tem o parasita, mas não tem a doença, mas pode transmitir este parasita para outro animal ou pessoa e ficar doente ou não).
Zoonoses podem ser adquiridas quando pessoas entram em contato direto com animais doentes ou vice-versa , através de alimentos contaminados (água não tratada, carne crua ou mal cozida e seus derivados, leite cru ou seus derivados e através de vetores ou reservatórios.


 2. RESERVATÓRIO: É o ser humano ou animal, artrópode, solo ou matéria inanimada, em que um agente infeccioso vive em condições de dependência primordial e se reproduz de modo a ser transmitido a um hospedeiro susceptível.

3. HOSPEDEIRO: É um ser vivo, o homem ou outro animal, inclusive aves e artrópodes que oferecem condições naturais, subsistência ou alojamento a um agente infeccioso.

O hospedeiro em que o parasita atinge a maturidade ou passa sua fase sexuada se denomina Hospedeiro Primário ou Definitivo, aquele em que o parasita se encontra em forma larvária ou assexuada, de Hospedeiro Secundário ou Intermediário.

4. VEÍCULOS: São os objetos ou materiais contaminados que servem de meio mecânico para um agente infeccioso ser transportado e introduzido em um hospedeiro.
 São exemplos: vestuário, roupas de cama, utensílios de copa e cozinha, instrumentos cirúrgicos, objetos de uso pessoal usados por outros (fômites), partículas de solo, poeira em suspensão, ar, água, alimentos, produtos biológicos como sangue para transfusão.

 
 5. VETORES: São insetos capazes de veicular patógenos de um enfermo para um sadio. Podem ser biológicos quando o parasita realiza parte de seu ciclo de vida em seu interior (é o caso da malária no mosquito anofelino) ou mecânicos quando o vetor apenas transporta o agente, ou este passa diretamente pelo trato digestivo (Salmonella, ovos de vermes).

6. CONTAMINAÇÃO: Quando o agente está presente nas roupas, objetos, água, solo, alimento (alimento contaminado) que entrando no hospedeiro pode ocasionar doença.

7. FONTE DE INFECÇÃO: É a pessoa, animal, objeto ou substância da qual um agente infeccioso passa diretamente para o susceptível. Quando a fonte de infecção é um ser inanimado pode ser chamado de veículo.

 
8. INFECÇÃO: É a penetração no organismo de um agente que nele se multiplica podendo causar doença aparente  ou não (doença infecciosa) sendo transmitida de indivíduo para indivíduo ou através de um vetor/reservatório.

9. INFESTAÇÃO: É o alojamento com ou sem reprodução ou desenvolvimento na superfície do corpo ou na roupa. Também pode-se designar quanto à presença de ratos e insetos em determinado lugar (solo infestado).

10. PERÍODO DE INCUBAÇÃO: É o intervalo de tempo entre o momento em que ocorre a infecção ou infestação e o aparecimento das primeiras manifestações da doença.

 
11. PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: É o período durante o qual o agente pode ser transferido, direta ou indiretamente, de um indivíduo a outro , este outro pode ser um homem, animal ou vetor ou de um vetor ao homem ou animal.

12. PERÍODO PATOGÊNICO: É o intervalo de tempo que vai da entrada do agente no hospedeiro até a resolução final (cura ou morte).

13. PERÍODO PRÉ-PATENTE: Intervalo de tempo que vai desde a penetração do agente no organismo do hospedeiro até o momento em que sua evidencia se torna possível pelos meios diagnósticos disponíveis.

 
14. PERÍODO PRODRÔMICO: É o tempo que vai do momento em que surgem as primeiras manifestações, ainda pouco definidas, da doença até que os sinais e sintomas se tornam definidos possibilitando o diagnóstico.

 15. SINTOMA: É qualquer alteração que uma pessoa tem em seu organismo, podendo ou não consistir-se em um indício de doença e só ela pode perceber e dimensionar não havendo aparelhos que possam medir (dor de cabeça).

 16. SINAL: São as alterações percebidas ou medidas por outra pessoa através de equipamentos específicos. Pode ser percebido por outra pessoa sem o relato ou comunicação do paciente (febre).  

 
17. PATOGENICIDADE: É a qualidade que tem um agente de produzir danos ao organismo. Pode ser definido em termos percentuais como sendo o número de casos da doença dividido pelo total de infectados multiplicado por 100.

18. VIRULÊNCIA: É a intensidade da manifestação clínica da doença, traduzida pelo grau de severidade acarretado ao hospedeiro traduzido em caso leve, grave ou fatal. Pode ser demonstrado percentualmente dividindo o número de casos graves ou fatais pelo total de casos da doença e multiplicado por 100.

19. LETALIDADE: É o maior ou menor poder que tem uma doença em provocar a morte. É calculado entre o número de óbitos por determinada causa e o número dos que foram realmente acometidos pela doença.


20. MORBIDADE: Avalia o nível de saúde e aconselha medidas para melhorar o estado sanitário da comunidade se apresenta como Incidência e Prevalência. A morbidade se avalia relacionando o número de casos de uma doença pela população total.

 21. PREVALÊNCIA: É o número de casos existentes num determinado período de tempo, casos novos ou não, mas casos existentes, dividida pela população total ou amostrada da área avaliada multiplicado por 100, 1.000, 10.000 ou 100.000.

 
22. INCIDÊNCIA: É a razão entre o número de casos novos de uma doença que ocorre em uma comunidade, em um intervalo de tempo determinado e a população exposta ao risco de adquirir referida doença no mesmo período multiplicado por 100, 1.000, 10.000 ou 100.000.

23.   INFECTIVIDADE: É a capacidade do agente de causar infecção, ou seja, de invadir, instalar-se e multiplicar-se no indivíduo. Seu conhecimento permite prever a intensidade de propagação da doença na população.

24.   CAPACIDADE IMUNOGÊNICA: É o potencial do agente em provocar, no hospedeiro, um estímulo imunitário específico.


 
25.   RESISTÊNCIA: É a habilidade do agente em superar as adversidades do ambiente, na ausência do parasitismo, isto é, fora do hospedeiro e aos fatores de defesa do organismo.

26.   PERSISTÊNCIA: É a capacidade de um agente, uma vez introduzido numa população, permanecer por tempo prolongado ou indefinidamente. É uma característica estritamente relacionada ás demais citadas anteriormente.

27. JANELA IMUNOLÓGICA: É o intervalo entre a infecção de um vírus e a detecção pelos exames laboratoriais.